Avenida Paulista celebrará Ano Novo com fogos sem barulho, em respeito aos animais.

Avenida Paulista celebrará Ano Novo com fogos sem barulho, em respeito aos animais.

A passagem de 2018 para 2019 promete ser especial na Avenida Paulista. Desta vez, a noite de Réveillon dos paulistanos será marcada pelo uso de fogos de artifício silenciosos.

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça-feira (4) que a queima de fogos durante os shows de Réveillon na avenida Paulista usará apenas artifícios de efeito visual, sem estampido. Os rojões com barulho não serão usados, em respeito à lei municipal 16.897/18, aprovada pela Câmara Municipal neste ano, que proíbe fogos na capital.

Visando diminuir e evitar transtornos com idosos, crianças, pessoas com deficiência e animais, – que são suscetíveis a sofrerem efeitos colaterais causados pelos intensos ruídos, – a Lei Municipal teve extenso apoio de grupos de defesa dos animais e associações não-governamentais cidade e país afora.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) entretanto, ainda não tem detalhes da festa: questionada pela reportagem, a gestão da prefeitura não informou qual empresa fará o espetáculo visual, quanto custará e como será contratada, garantindo que o evento de réveillon obedecerá à legislação e a promessa de ruído zero com os fogos de artifício, sob o amparo da prefeitura.

Uma iniciativa semelhante surgiu em Florianópolis, onde foi estabelecido que a festa de fim de ano promovida na cidade contará apenas com fogos de artifício sem estampido (silenciosos), após aprovação de lei no parlamento, pressionada por grupos de defesa dos animais.

Assim como em São Paulo, a decisão das autoridades foi tomada levando em conta os transtornos que grupos considerados sensíveis passam todos os anos – como pessoas idosas, crianças, pessoas com deficiência e animais em geral. A notícia foi recebida com aclamação pelos cidadãos da ilha da magia e também por usuários nas redes sociais.

Uma tecnologia foi desenvolvida a partir de um composto de bombas silenciosas que, quando misturadas quimicamente, produzem um efeito de queima mais lenta e gradual.

Histórias como a da cadela Nina, que morreu no réveillon do ano passado devido ao barulho gerado pelas explosões sensibilizaram milhares de pessoas na internet, que passaram a protestar por leis regulatórias mais duras contra fogos de artifício barulhentos.

De acordo com sua dona, apesar de nunca ter demonstrado ter medo de rojões, Nina não resistiu ao estresse causado pela grande proximidade das explosões, uma vez que a audição mais apurada dos cães em relação aos seres humanos tornam-os mais sensíveis ao barulho, podendo levá-los, em níveis extremos, à morte.

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