Animais domésticos também sofrem com tempo seco

Animais domésticos também sofrem com tempo seco
Cuidados são parecidos com os recomendados a seres humanos.
No Zoológico, tratadores aumentaram a quantidade de água dada aos animais.
 
Foto: Patrícia Araújo/ G1 
(Foto: Patrícia Araújo/ G1)
Focinho dos cães indica se eles estão sofrendo com o tempo seco.
 
    São Paulo passa por uma época de tempo muito seco. Não chove na cidade desde o dia 3 de setembro. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou, na quinta-feira (13), 12% de umidade relativa do ar na região de Ermelino Matarazzo, Zona Leste da Capital. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera crítica a umidade abaixo de 30%.

    Não são apenas os paulistanos que sofrem com a baixa umidade. Segundo o médico veterinário Enrico Ortolino, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), os animais que moram em São Paulo também precisam de cuidados para não enfrentarem complicações respiratórias.

No Zoológico da Capital, os tratadores aumentaram a quantidade de água dada aos animais. Até o habitat das cobras teve de ser regulado para o período de baixa umidade. Segundo o setor de divulgação, o Zoológico tem um esquema de banhos regulares para ajudar os animais em dias muito quentes.

 Dicas

Confira alguns conselhos dados por Ortolino para ajudar o seu animal a passar pelo tempo quente e seco:

  • O animal deve estar sempre hidratado com água de qualidade. De preferência, ele deve ter acesso à água o tempo todo. 
  • Evite exercitá-lo entre as 10h e as 16h, quando o sol está mais forte. Também fuja de lugares poluídos e com muito pó.
  • Quando o tempo estiver muito quente, deixe uma bacia de água perto do animal ou instale um umidificador de ar.
  • Alguns animais têm dificuldade para perder calor. É recomendável deixá-los com os pêlos curtos para evitar o aumento de temperatura.
  • Disponibilize abrigos com sombra, principalmente no período em que o sol está mais forte.
  • Evite levá-lo a locais com grandes aglomerações. Caso você tenha vários animais, não os deixe em locais muito pequenos.

Ortolino ainda faz um alerta aos donos de animais com pelagem escura, “além do tempo seco, eles ainda sofrem com a exposição ao sol, já que as cores mais escuras têm tendência a reter o calor”.

 Como identificar problemas

Mesmo seguindo as dicas dos especialistas, alguns animais podem pegar alguma doença. Os donos devem ficar atentos para tosses e espirros, que podem indicar o começo de algum problema respiratório. A urina do animal também deve ser avaliada. Quando a cor é muito forte, significa que ele não está bebendo muita água. Urina mais clara é sinônimo de organismo hidratado.

Para aqueles que possuem um cachorro, Ortolino recomenda que fiquem de olho no focinho dele. “Quando o focinho está úmido significa que o animal está em um ambiente bom”, afirma o médico veterinário. Olhos avermelhados também são um alerta para a saúde do animal.


Mas os donos não devem ficar muito apreensivos quanto aos cuidados com os animais. O ideal é apenas seguir o bom senso. "Os animais de estimação geralmente precisam dos mesmos cuidados dados aos seres humanos", lembrou Ortolino. 
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http://www.vidadecao.com.br/cao/index2.asp?menu=protetor_solar.htm

Protetores solares

Você já ouviu falar que cães e gatos precisam usar protetor solar? Para alguns, isso pode soar como um exagero, no entanto, já existem protetores solares específicos para animais e eles são realmente necessários em alguns casos.

Cães e gatos podem apresentar câncer de pele, assim como as pessoas. E da mesma forma que elas, existem alguns indivíduos mais suceptíveis. No caso de humanos, pessoas com pele e olhos muito claros são as mais atingidas. O principal motivo para o aparecimento da doença: exposição, sem proteção e exagerada, ao sol.

Nos animais, as coisas não são diferentes. Cães e gatos com pele e pelagem clara ou albinos, focinho despigmentado, e que ficam horas expostos ao sol (afinal, todo animal gosta de se esticar e tirar uma soneca num dia ensolarado), são sérios candidatos ao câncer de pele.

As áreas mais atingidas nos animais claros são: focinho, cabeça e as pontas das orelhas. O câncer de pele pode manifestar-se como uma ferida que não cicatriza, apesar das tentativas de tratamento. Quando isso ocorre, é necessário fazer uma biópsia da lesão, para saber do que se trata aquele ferimento.

Felizmente, cada vez mais os proprietários são orientados pelos veterinários sobre os riscos da exposição ao sol nesse grupo de animais mais sensíveis. Protetores solares da linha humana podem ser usados em cães e gatos, no entanto, é mais conveniente buscar produtos da linha veterinária para evitar processos alérgicos.

Animais predispostos ao câncer de pele, ou seja, claros, albinos ou despigmentados, não devem ficar muitas horas expostos ao sol, na medida do possível. Prefira passear com seu cão em hórarios antes das 11:00hs e após as 15:00hs. E não esqueça de aplicar protetor solar, em você e no seu animal.


Silvia C. Parisi
médica veterinária - (CRMV SP 5532)


Vida de cão...
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